domingo, 14 de março de 2010

No último dia de ModaLisboa, o Check Point passou a ser duplo: um mais institucional e cosmopolita no Páteo da Galé - Terreiro do Paço, outro mais ecléctico e experimentalista no MUDE - Museu do Design e da Moda, na Rua Augusta.

No MUDE foram apresentadas as exposições de aforestdesign e Lara Torres, intituladas “I am a strange loop” e “Involuntary Memories | Effacing Séries”, respectivamente.

“I am a strange loop”, título retirado do livro de Douglas Hofstadter, é uma colecção de peças de vestuário.

Em simultâneo, Lara Torres apresentou “Involuntary Memories | Effacing séries”, um projecto de pesquisa experimental e teórica que explora a relação entre memória e vestuário,

As 2 exposições ficam em exibição até ao dia 31 de Março (3ª a 5ª feira das 10h às 20h, 6ª feira e sábado das 10h às 22h, e domingo das 10h às 20h).

Também no MUDE, estreou-se Ricardo Andrez na plataforma LAB da ModaLisboa. O jovem designer propôs-se traduzir a ligação da prática dos auto-retratos no dia-a-dia.

Neste mesmo dia, no Terreiro do Paço, relizaram-se os desfiles dos criadores: Aleksandar Protic, Miguel Vieira, Pedro Pedro, Salsa e Nuno Baltazar.

Aleksandar Protic, que se inspirou no trabalho e vida da artista Georgia O´Keeffe e em elementos básicos da natureza. A feminilidade foi o ponto forte de toda a colecção, assim como o rigor de confecção, selecção de materiais e cores: sedas, lã, algodão e cabedal em tons de preto e dourado.




Miguel Vieira teve como ponto de partida o sentimento "Saudade". Linhas puras com detalhes trabalhados, quer em silhuetas mais justas, quer em jogos de volumes. A colecção teve como elementos favoráveis as assimetrias e os efeitos tridimensionais obtidos através do corte, as aplicações e os tecidos estampados com símbolos de Portugal,




Pedro Pedro apresentou “Tout va bien”. Toda a colecção "gritava" o espírito urbano e feminino, tão próprios do estilista, que misturou motivos de inspiração Black Power com cortes minimalistas e trabalhou elementos High School em peças irreverentes, sexy e descontraídas. Os anos 70 foram a inspiração das linhas. Nas cores, combinaram-se diversos tons terra com preto, branco e cinza.




A marca Salsa, que dispensa apresentações, teve quatro linhas principais. A linha Urban Emotion, inspirada em Oliver Twist, aglutinou o "look work" com gangas de estilo informal; A segunda linha, Global Trip, inspirou-se nos anos 60, enquanto Famous Star homenageou os anos 80, com looks predominantemente pretos. 1st Level, a linha Premium Denim da Salsa, reuniu três vertentes de cor e inspiração: os looks vintage; a vertente urbana e irreverente de Corrosion Art; e o look desportivo, com materiais técnicos e gráficos diversos, de Digital Art.




Nuno Baltazar contou a história de Audrey, uma jovem parisiense e a sua paixão pela década de 30 e a Arte Deco. Os looks apresentaram um carácter descontraído e urbano, com cortes geométricos e silhuetas femininas. A paleta balançou entre o cinzento e preto com toques de beringela, malva e rosa.

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